Turquia – 6h Apaixonantes em Kusadasi
- Mari Soares
- 23 de abr. de 2017
- 3 min de leitura
Quando compramos o mini cruzeiro sabíamos que iríamos fazer uma parada em Kusadasi, uma cidade turca, mas não demos importância, afinal, o que queríamos mesmo eram as famosas ilhas gregas Santorini e Mykonos. O que nunca imaginaríamos dessa rápida parada era que fossemos nos apaixonar pela Turquia!

Quando atracamos no porto de Kusadasi e fomos avisados que o passeio que iria até as Ruinas de Éfeso e o Templo de Artemis custaria 80 euros por pessoa, ficamos super chateados, era um absurdo o valor só para um ônibus te levar pela cidade até o templo. Nos recusamos a pagar isso e resolvemos andar pela cidade.

Kusadasi é uma cidade turística, cheia de lojas e vários restaurantes com culinária típica, como chegamos 8h da manhã quase tudo estava fechado, era lindo mas bem desanimador ficar andando pela orla da praia sem pessoas na rua (cadê todo mundo?!).

Depois de andar, andar e andar, até tentar alugar uma moto para visitar o templo (mas também estava fechado os lugares para locação de veículos), o comércio começou a abrir e resolvemos passear pelas ruas e olhar loja por loja, foi aí que descobrimos nosso amor pela Turquia!

Vamos ser bem sinceros aqui, achávamos que por termos tatuagens, ou por eu estar de vestido ou de regata iriam nos olhar feio, ou não seríamos bem recebidos, todo um preconceito pelo lugar antes mesmo de conhecer a cidades ou as pessoas.

Foi totalmente o contrário, fomos tão bem recebidos que ganhamos várias lembranças das lojas que passávamos, todos nos cumprimentavam nas ruas, eram simpáticos, e mostraram que estávamos totalmente errados.
Na primeira loja que entramos ficamos apaixonados pelas luminárias turcas e o dono da loja nos explicava cada coisa, para que serviam, como usava e aí começaram as compras, era tudo tão baratinho que valia a pena, nosso único medo era como que essas coisas iriam chegar no Brasil inteira, mas arriscamos e deu tudo certo. Nada quebrou.

Nessa mesma loja o dono nos deu um broche de lembrança e disse que só sairíamos de lá se colocássemos o turbante para lembrar sempre da Turquia e para voltarmos um dia, ele mesmo se ofereceu para tirar a foto.


Achamos tudo tão surreal, não existia pessoas chatas e arrogantes, existiam turcos simpáticos querendo vender, ahhhhh, como eles gostam de vender!
Você não pode parar em frente uma loja que eles já querem vender a loja toda, e se está achando caro, não se preocupe, ele vai abaixar o preço até você levar! Eles são insistentes, muito insistentes! Lógico que cabe a você falar que não quer nada e ir embora ou se divertir com eles tentando falar português e fazer você comprar algo.
Foi divertido, de maneira alguma nos sentimos incomodados, eles são insistentes, mas te respeitam e respeitam seu espaço, se falar não, obrigado e sair andando vão respeitar isso. Se verem que você se interessou e entrar na loja, pode ter certeza, vai levar alguma coisa.

As lojas são lindas, são luminárias, tapeçaria, enfeites, tudo é cheio de detalhes que fazem você querer levar tudo, e não estamos exagerando, parece que tudo é feito com muito cuidado e capricho. Isso enche os olhos, e aquela chateação do começo de não ver os templos ficou esquecido, os turcos fizeram cada minuto valer a pena.
O ponto alto das nossas passagem por Kusadasi foi nosso almoço. Encontramos um restaurante de família, o pai era o cozinheiro e 3 filhos ajudavam, perguntamos qual prato era mais famoso ali e comemos o conhecido kebab. Nem precisamos dizer que era uma delícia! Era tão bom, mas tão bom, que ele merece um post só para ele!

Quando pedimos a conta um deles perguntou: “quem é o chefe? ”, não entendemos o que ele queria dizer com isso e ele falou “quem é que manda? ” e apontou para nós dois, depois de rir muito o Italo disse “Ela é quem manda!” ele disse “então isso aqui é para você! Minha mãe faz para dar aos turistas e eles lembrarem da gente, para trazer sorte e fortuna, e para vocês voltarem”. Ele amarrou na bolsa e disse para sempre andar com ele e traria sorte.
Pode ser bobagem, mas até hoje ele não sai da minha bolsa!

Ah, quem “é o chefe” fica com os sapatinhos da sorte, o outro só fica com a conta para pagar!

Quando voltávamos para o navio vimos uma loja que fazia o passeio até o templo, por apenas 30 euros. Ainda bem que não compramos do cruzeiro, e pode ter certeza, não nos arrependemos nenhum pouco de passar o dia turistando e fazendo compras.

Ainda não aprendemos a falar OBRIGADO em turco, mesmo todos eles tentando nos ensinar (é muito difícil), mas seremos sempre gratos pelo carinho não importa em qual idioma seja!
Nos vemos em algum lugar no mundo, XoxO!
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