Roteiro de Viagem
- Mari Soares
- 13 de abr. de 2017
- 6 min de leitura
Uma coisa que sempre tivemos dificuldade foi definir um roteiro, afinal queremos conhecer o mundo todo! Como faz pra ver tudo em 30 dias? Ainda não descobrimos como fazer isso mas, descobrimos que podemos conhecer muita coisa se você tiver um bom planejamento.
Que fique claro que a questão aqui não e conhecer mais lugares em menos tempo sem aproveitar os lugares e sim criar um roteiro no qual você viaje para lugares que sempre sonhou e de quebra conheça lugares que estavam pelo caminho e tornaram sua viagem ainda melhor. Bolonha foi uma dessas cidades!

Quando decidimos que íamos viajar a coisa mais difícil foi decidir o país, meu maior sonho era a Grécia, mas parecia bem distante esse sonho, bem distante meeeeesmo, como pode um lugar incrível daquele ser barato? Nunca. Então simplesmente focamos no segundo lugar que tínhamos vontade de conhecer, a Itália.

A Itália parecia ser mais acessível ao nosso bolso então focamos nela, o mais engraçado de tudo é que nem chegamos a pesquisar sobre a Grécia, supomos que era super caro e desistimos. Focamos em descobrir tudo o que podíamos sobre viajar para as terras do antenato do Italo, que sempre teve vontade de ir, mas nunca teve a oportunidade.
Pesquisando sobre a Itália sempre aparecia referências a Grécia, ir de um país para o outro começou nos parecer muito comum, fosse de avião, de ferry boat, de cruzeiro, de várias maneiras, então decidimos procurar saber mais sobre viajar para a Grécia sendo o ponto de partida a Itália. Parecia que um sempre estava ligado ao outro e se isso não era o destino dizendo que podíamos conhecer os dois eu não sei mais o que poderia ser.

Sim, decidimos ir para a Itália e para Grécia logo na nossa primeira viagem, ou seja, nossas pesquisas duplicaram, tudo o que tinha que pesquisar para um país tínhamos que pesquisar para o outro também, como chegar na Grécia? Aonde se hospedar na Itália? Como se deslocar de uma cidade para outra, de trem? De carro? De metro? E era pergunta que não acabava mais e as respostas eram infinitas. Chegamos numa conclusão, dividimos tudo em 4 etapas e agora sempre que planejamos uma viagem é assim que começamos.
ETAPA 1 – Para qual país eu vou?
Primeiro se pergunte qual o lugar que você mais tem vontade em conhecer? Londres? China? Ou a Tailândia? Não importa, não pense se vai ser caro ou se é longe, é o que você quer? Ok, então foca nele, comece a pesquisar tudo o que puder daquele lugar, não desista antes mesmo de ter começado.
Você só vai saber se vai dar certo se tentar, pode parecer uma super fantasia, mas não é, tudo vai dar certo se você se planejar. Lógico que sempre pensamos primeiro no dinheiro que vamos gastar e que nunca vamos ter o dinheiro suficiente, mas o que muita gente não tem noção é que muitas vezes viajar não é caro. Se você se planejar antecipadamente e estiver sempre pesquisando, vai ver que existem muitas promoções de viagem e uma hora vai aparecer para o lugar que você quer, pode demorar um pouco, mas sempre aparece. Nosso cruzeiro apareceu depois que já estava tudo definido!

ETAPA 2 – Por quanto tempo vai ser a minha viagem?
Esse sempre vai ser um problema para nós dois, nossas férias nunca batem ou os dias que um tem o outro tem menos, mas a gente sempre da um jeito. 20 dias? 30 dias? 45 dias? Defina a quantidade exata de dias que você vai ter, porque a partir da quantidade de dias você consegue definir o roteiro e quanto de dinheiro vai precisar guardar.
O que sempre nos ajudou a definir os dias são os feriados, sempre juntamos os 15 dias de férias dele com alguma emenda de feriado e os 15 dias podem virar 20, e acredite, nesses 5 dias a mais você pode conhecer muita coisa legal. Então se os poucos dias que você têm também for um problema, procure os feriados, super vale a pena.

ETAPA 3 – Quais cidades eu quero conhecer?
A Itália tem muita cidade legal e claro que em 20 dias não da para conhecer tudo, o mesmo acontece com a Grécia, então, o que tínhamos vontade de conhecer? Essa é sempre uma pergunta difícil, então pedimos ajuda a Internet claro! Quem melhor para te dar todas as informações possíveis? Fomos atrás de todos os blogs sobre a Itália e Grécia e pesquisávamos sobre as cidades que tínhamos interesse, as dicas são incríveis, mas você sempre vai achar coisas boas e ruins, cabe a você decidir o que vale a pena incluir na sua viagem. Toda informação é válida e te ajuda muito!
Então depois de decidir quais cidades iríamos, escolhemos pontos estratégicos, qual seria a cidade de desembarque? Dali partiríamos para onde? No nosso caso, nosso voo chegaria em Milão, dali seguiríamos para Bolonha, que seria estratégico para conhecer cidades como Verona, Veneza, Florença e Modena. De Bolonha seguiríamos para Roma e ficaríamos 4 dias, pois era o que todos os blogs diziam, que 4 dias era o mínimo para ficar em Roma, e de fato, as dicas estavam certas.

No total seriam 10 dias pela Itália e os demais dias ficaríamos na Grécia. Para o roteiro da Grécia foi mais fácil, achamos um mini cruzeiro de 4 dias (numa super promoção incrível!) que passava pelas ilhas que queríamos conhecer, Santorini, Mykonos e Creta e de quebra ainda fomos para Patmos e Kusadasi, essa última é uma ilha Turca. Nos dias seguintes passamos o final de nossas férias em Atenas.

ETAPA 4 – Como eu farei tudo isso?
Depois de decidido os lugares e quanto dias de viagem, vem o mais difícil, como se locomover de um lugar para o outro? Ele é o mais difícil pois demanda mais tempo de pesquisa. Ir de Trem Regional ou de Trem de Alta Velocidade? Vale a pena pagar um pouco a mais para chegar mais rápido no destino? Ou e melhor alugar um carro e ir dirigindo de cidade a cidade? Você só vai descobrir o que é melhor abrindo os sites e vendo os valores e o tempo que leva de uma cidade a cidade.
Achamos melhor utilizar o trem de alta velocidade quando o deslocamento fosse grande (um exemplo é de Bolonha para Roma). Quando o deslocamento fosse rápido poderíamos ficar em uma cidade estratégica e alugar um carro e fazer bate-volta, ir de manhã e voltar à noite, como fizemos em Bolonha. O tempo de viagem que você vai levar de um lugar ao outro dá para calcular com a rota do próprio Google Maps o que ajuda a decidir se vale a pena ou não, porque ficar dirigindo horas e horas e chegar no destino cansado não é nada produtivo.

Tivemos que escolher qual seria a melhor forma de ir da Itália para a Grécia, iríamos de ferry boat numa viagem de 22h onde poderíamos ver o mar e toda a costa italiana? Ou iríamos num voo de 1:50h em poltronas apertadas, um frio absurdo e um avião que balançava mais que tudo? Já deu para perceber que fomos de avião! Escolhemos essa opção porque durante nossas pesquisas apareceu uma promoção de voo low cost e o preço valia a pena.

Quando você começa abrir os sites e ver o preço de tudo o que vai precisar, você começa a ter uma noção do quanto vai precisar guardar para sua viagem. No nosso caso que nunca tínhamos viajado e não tínhamos noção de preço de nada, essas pesquisas foram de extrema importância, sabíamos praticamente o preço de tudo e não passamos aperto em nenhuma situação, que era o nosso maior medo. Não tínhamos experiencia em nada mas tivemos ajuda de vários sites e graças a eles podemos dizer que foi uma viagem incrível.
Com tudo planejado antecipadamente não tivemos problemas com dinheiro, ou com horários de trens, check-in em hotéis ou com as filas nos passeios, sabíamos aonde queríamos ir e como chegar e com tudo dando tão certo nos sentimos em casa.

Sobre os hotéis vai de pessoa para pessoa, você pode escolher um hostel super barato ou um hotel mais chique, não importa, o que vale é ler todos os comentários possíveis sobre aquele hotel que está interessado. Você não vai querer ter surpresinhas desagradáveis durante sua estadia, então, PESQUISE!
Depois dessas etapas pode ter certeza, vai dar tudo certo, comece a juntar seu dinheiro, comece a pensar se vale a pena gastar hoje com algo sem necessidade ou com uma viagem dos seus sonhos? Ahh mas eu não falo inglês! Acreditem, não existe barreiras para isso. Saber inglês é importante? É sim, hoje em dia é primordial, mas se você for educado e simpático, ninguém vai se importar se você não souber falar ou se arriscar um “por favor” e “obrigado” na língua local.
Nos dias de hoje temos a internet que nos ajuda sempre e aonde você for vai ter um lugar com wi-fi, se tiver dificuldade procure na internet. Não falar a língua local não é empecilho, nós também achávamos isso, mas muito pelo contrário, pode até ser divertido, te faz querer aprender outros idiomas, sem contar as historias que você vai ter para contar quando voltar, porque sim, algumas tentativas de conversas são engraçadas e sempre vamos nos lembrar. O Italo e uma moça em Creta são prova disso! Mas isso fica para post sobre nosso mini cruzeiro pelas ilhas gregas.

Nos vemos em algum lugar no mundo, XoxO!
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